ilustração com seis extintores de incendios

Com certeza, você tem noção do que é um extintor e já deve ter visto um instalado no seu prédio, no seu local de trabalho, no shopping ou supermercado, certo?

Mas o que a maioria das pessoas não costumam saber é o porquê de cada um estar onde está, qual a diferença entre eles, quando se deve inserir-los e como reproduzir-los corretamente.

Foi pensando em esclarecer todas essas dúvidas, que resolvemos escrever este artigo.
Você precisa saber essas informações, e outras dicas que daremos por aqui, caso queira especificar qualifica-lo na sua edificação.
Então, vamos lá!

O que são extintores de incêndio?

Os extintores de incêndio são equipamentos de segurança que têm o objetivo de controlar um incêndio na sua fase inicial. Ele não é utilizado para combater o incêndio progressivo, dado a sua limitação de carga estrutural, tamanho e tempo de atuação.

Eles são aparelhos de operação manual, fusão de recipiente e acessórios que armazena o agente, uma substância capaz de atuar contra o fogo.

Eles precisam estar posicionados em números e em lugares estratégicos. Estes são itens criados no projeto, cuja base é o atendimento às exigências que precisa ser seguidas.

Para saber mais sobre o projeto acesse o nosso artigo: Projeto de extintor de incêndio: porque ele é tão importante? 

Os extintores de incêndio são agrupados em classes, de acordo com o combustível que deseja apagar. São classificados também pelo agente extintor e pela sua massa total. Entraremos em detalhes em cada um deles.

Classes de fogo

cinco placas identificando as classes de fogo

São 5 classes de fogo:

Classe A: são incêndios que acontecem em materiais sólidos que queimam em superfície e em profundidade e deixam resíduos, como madeira, papel, etc.

Classe B: são incêndios envolvendo materiais inflamáveis derivados de petróleo (gasolina, éter, álcool, graxa, etc). São substâncias que queimam na superfície e podem ou não deixam resíduos.

Classe C: são envolvendo equipamentos elétricos e eletrônicos energizados, como computadores, TV, motores, etc.

Classe D: são incêndios que envolvem metais liquidificáveis (potássio, magnésio, lítio, etc).

Classe K: são para incêndios provocados por óleo e gordura usado em cozinha comercial ou industrial.

Classificação do extintor de incêndio quanto a sua massa total

Conforme a massa total (pool, agente extintor e acessórios), eles podem ser:

  • Portáteis: cuja massa total não deve ultrapassar 20 kg. Eles não podem ficar em contato direto com o piso.
  • Sobre rodas ou carretas: montados sobre rodas que possuem massa total de até 250 kg.
ilustração do modelo de extintor carreta

Modelo de extintor carreta

ilustração do modelo de extintor portatil

Modelo de extintor portátil

Classificação do extintor de incêndio quanto ao agente extintor

Agente extintor é uma substância usada para apagar ou apagar fogo. Sua escolha está diretamente relacionada com as classes do fogo e pela sua maneira de ação contra o fogo. Os agentes de uso mais comuns são:

  • Água pressurizada: Age por resfriamento e / ou por abafamento. Específico para Classe A. Não é recomendado para Classe C, pois a água é condutora de eletricidade.
  • Pó químico seco (chamado também de PQS): Interrompe o processo de combustão por abafamento e resfriamento. Existem várias composições do pó químico, sendo as principais:
  1. BC – O agente é o bicarbonato de sódio. É usado para Classe B e C.
  2. ABC – O agente é o fosfato monoamônico. É usado para as classes A, B e C.

Embora o PQS possa ser usado em equipamentos elétricos (Classe C), para computadores, a sua utilização não é aconselhável, pois há uma dificuldade de limpeza posteriormente.

  • Dióxido de carbono (CO 2 ): Recomendado para Classe B e C. Idade por abafamento e resfriamento. Sua vantagem é que ele não conduz eletricidade e não deixa resíduos. Mas é um dispositivo que tem uma eficiência baixa e caro por conta do corpo do cilindro e devido a sua recarga ser de alta pressurização. Recomendamos a seu uso no caso de uma sala de muitos computadores.
  • Espuma mecânica: Já é um dispositivo especial. Atua apagando o fogo por abafamento. Recomendado para Classe A e B. Não apaga fogo por tipo elétrico (Classe C).

Componentes do extintor de incêndio

ilustração especificando cada parte de um extintor
ilustração especificando a parte superior de um extintor

Além do agente extintor é composto também por:

  • Destinatário: lugar de armazenamento do agente extintor. Normalmente de forma cilíndrica e com solda. Ele pode ser de material cromado, latão ou metal polido, desde que possua marca de compliance expedida por órgão credenciado pelo INMETRO. O cilindro de CO 2 não pode ser soldado por causa da sua alta pressão;
  • Agente ou gás expelente: serve para expulsar ou agente da embalagem. O CO 2 não é necessário deste gás expelente porque o CO 2 já é um gás que é armazenado pressurizado e ele mesmo funciona como gás extintor e expelente;
  • Sifão ou pescador: tubo que conduz o agente do interior do recipiente para a mangueira;
  • Manômetro: mensura a pressão do pool. Indica se o dispositivo de incêndio está em condições de uso ou não. Na sua condição adequada, o ponteiro deve estar na parte de coloração verde do manômetro. O dispositivo de CO 2 não tem o manômetro, pois seu cilindro já é especial e pressurizado;
  • Pino ou trava de segurança: servir para travar o gatilho do dispositivo;
  • Lacre: servir para garantir que o dispositivo não foi usado;
  • Alavanca: servir para dar apoio à pressão no gatilho;
  • Gatilho: acionador do dispositivo de incêndio;
  • Mangueira: serve como passagem do agente extintor para o bico;
  • Bico: região onde sai o agente para prevenção inicial do incêndio. O dispositivo CO 2 não tem o bico. Ele possui uma peça diferente chamada de difusor, que deve ser seguro na parte que antecede a ele, para proteger o usuário de queimadura por gelo seco;
  • Base: serve de apoio para o dispositivo se manter em pé;
  • Anel de identificação: servir para identificar uma empresa que fez a manutenção e recarga. Eles mudam de cor a cada ano. Modelos novos não tem este anel;
  • Etiqueta com selo do INMETRO: confere ao extintor de incêndio a certeza do registro no INMETRO da empresa que comercializa e realiza a manutenção. Neste selo consta a empresa que prestou o serviço e o mês e ano da realização do serviço de realização e manutenção do extintor de incêndio;
  • Etiqueta de manutenção da empresa: etiqueta para informar o mês e ano da próxima recarga do extintor de incêndio. Nesta etiqueta consta novamente o nome da empresa que prestou o serviço e também como suas condições de garantia;
  • Quadro de instruções de uso: informações básicas para manusear o dispositivo.

Como usar um extintor de incêndio

É necessário que as pessoas da edificação sejam treinadas para utilizar o dispositivo. Nossa dica é que este treinamento seja feito perto da necessidade de recarga. Mas de maneira didática, devem seguir o procedimento listado abaixo:

ilustração de uma mão puxando o pino do extintor para abaixo
1 – Use o dispositivo na posição vertical;
2 – Puxe o pino de segurança para romper o lacre;
ilustração de uma mão segurando a mangueira de extintor para frente
3 – Observe a posição do vento para ficar a favor dele;
4 – Aproxime-se a uma distância segura do fogo;
5 – Segure firme a mangueira;
6 – Aperte o gatilho da válvula até o fim (ou acione a válvula);
ilustração de uma mão segurando o extintor, apagando o fogo
7 – Dirija o jato para o foco do fogo;
8 – Movimente o jato para apagar o princípio de incêndio.

Dicas para um bom funcionamento dos extintores de incêndio

  • Os dispositivo de incêndio serão corrigidos para cobrir toda a edificação;
  • Os dispositivo devem ser coletados com carga completa, em locais adequados e bem procurados para o uso em caso de emergência;
  • Os dispositivo não podem ter obstruções de nenhuma forma;
  • Os dispositivo devem passar por inspeções periódicas para assegurar o seu funcionamento adequado no caso de uma emergência. O CO2 deve ser inspecionado, no mínimo, a cada seis meses. O de água ou de pó químico devem ser inspecionados, no mínimo, anualmente;
  • Os dispositivo não devem apresentar sinais de ferrugem ou amassados;
  • Os dispositivo devem estar protegidos de intempéries, como sol e chuva. Se for instalado em uma área externa, deve-se instalar dentro de um abrigo de proteção adequado, devidamente sinalizado;
  • O lacre não pode estar rompido. Caso ele esteja rompido por algum motivo, você precisa entrar em contato imediatamente com uma empresa de manutenção e recarga para verificar a melhor solução para o seu caso. O lacre é a garantia que o equipamento está em condições ótimas para uso;
  • O quadro de instruções do dispositivo deve ficar na parte frontal do extintor em relação à sua posição de instalação;
  • A validade do dispositivo também precisa ser respeitada.

Nós temos um vídeo de Márcio Ferreira (nosso CEO) que exemplifica muito bem o que falamos por aqui. Para acessar, basta clicar no vídeo abaixo.

https://youtu.be/4zXyU70Mfx0

Adiquira o ebook como aprovar um projeto de incêndios: 

https://loja.marcioferreira.eng.br/produto/como-aprovar-um-projeto-de-combate-a-incendios/

Ficou com alguma dúvida? Envie-nos uma mensagem. Estamos à disposição.

stá precisando de uma consultoria na área? Está precisando de extintores de incêndio na sua empresa? Está precisando de um projeto de extintor de incêndio? Fale conosco também. Ficaremos felizes em lhe ajudar no que for preciso.

Ligue-nos através do número (11) 32808097 ou, se preferir, envie-nos um e-mail para contato@elfire.com.br.

Continue lendo mais sobre o assunto no nosso artigo em: Projeto de extintor de incêndio: porque ele é tão importante?

Carolina Fernandes Ribeiro
Carolina Fernandes Ribeiro

Engenheira química, com especialização em engenharia de segurança do trabalho, mestrado em engenharia industrial e participante do grupo de pesquisa em segurança contra incêndio Fire Masters Academy.