O  Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), assim como o Plano de Prevenção e Proteção de Incêndios (PPCI) são essenciais ao funcionamento adequado das edificações quanto às normas de segurança e o combate a incêndio e pânico. Todo avanço que já tivemos na área de incêndio se deve ao uso da inteligência, melhoria e inovação feitos na fase de projeto. Hoje, a Elfire trabalha com base nesses requisitos, atuando com excelência na elaboração de Projetos, consultorias, perícias e auditorias para diversos clientes do Brasil com o objetivo de proteger e economizar recursos.

Porém, é nosso dever ressaltar que o fato da empresa receber o documento do corpo de bombeiros que certifique a empresa como tendo cumprido as regras estabelecidas naquela região, não garante a proteção contra tragédias do fogo.

Na maioria dos casos a empresa se debate vários meses buscando cumprir todas as exigências para ser aprovada na vistoria tendo que decifrar um emaranhado de normas reguladoras que vão desde o tamanho da placa de sinalização até o tom de cor da faixa a ser pintada no piso, depois disso afixa o documento no mural e só vai lembrar disso novamente no ano seguinte quando precisa renovar o alvará.

O fato é que hoje no Brasil cada estado define suas regras de proteção formando assim um conjunto de 27 UFs cada um com 25 proteções. Isso dá um total de 675 regras diferentes no país. Não possuímos no Brasil, ainda, um código nacional que padronize e atenda de forma completa a proteção contra incêndio.

No Brasil ainda temos a cultura da regulamentação baseada em tragédias, ou seja, toda vez que ocorre um incêndio de grandes proporções, a comoção social empurra o legislador a endurecer a norma sem sequer observar critérios científicos para isso.

Fogo é fogo em qualquer lugar do mundo. Por que então tratamos de maneira diferente que outros países e até mesmo nos próprios estados há essa diferenciação?

Um exemplo recente é o caso da Lei Kiss, originária após a tragédia ocorrida na boate Kiss em Santa Maria no Rio Grande do Sul em 2013, que exige que os cursos de engenharia, arquitetura e segurança contemplem pelo menos a apresentação das normas de segurança. O que ainda não ocorre.

A ELFIRE antecipou-se a isso promovendo a qualificação de mais de 500 profissionais em todo o Brasil nos últimos três anos por meio de treinamentos nos mais avançados níveis de proteção com a qualificação das melhores escolas de engenharia de incêndio do mundo.

A ideia equivocada de que o AVCB garante a proteção vem de um aspecto cultural brasileiro onde a dificuldade imposta por esse emaranhado de legislação faz com que poucos profissionais realizem isso rapidamente. Além disso, nossas construções são complexas demais para protegermos apenas com normas, é preciso usar a ciência para salvar vidas e proteger patrimônios.